Para o pessoal ficar mais por dentro do clima de "o Retorno de Avacyn" segue a história por trás dos eventos que acontecem durante o Bloco de
Innistrad, conforme explicado de maneira fragmentada em diversos artigos no site
da Wizards.
As criaturas horripilantes sempre existiram em Innistrad. Os
humanos deste mundo sempre confiaram na própria fé como proteção contra
vampiros, lobisomens, espíritos e carniçais. Mas ultimamente, os amuletos
sagrados e as runas perderam sua força. A proteção dos sacrários dos viajantes e
das orações campestres está diminuindo. As mágicas dos matadores de vampiros e
dos caçadores de lobos não são mais garantia de proteção contra as criaturas que
espreitam nas sombras. O Lunarca, líder da venerada Igreja de Avacyn, sabe o que
os sacerdotes da aldeia sussurram: que o arcanjo Avacyn abandonou
Innistrad.
O povo de Innistrad estavam acostumado a viver em um mundo
atormentado pelo mal. As guaridas de proteção mantinha os monstros na baía,
mantendo as aldeias relativamente seguras. Orações e símbolos sagrados baniam
geists e vampiros, permitindo que os seres humanos controlassem os ninhos de
horrores quando o perigo ameaça as cidadelas. Graças à presença do arcanjo
Avacyn, esperança e crença mantinham o poder real para ferir a
escuridão.
As pessoas estão acostumadas a verem seus entes queridos
transformados em zumbis, vampiros e outras abominações. Agora, porém, os
humanos, tanto vivos quanto mortos, estão se tornando monstros em quantidade
alarmante. Uma morte pacífica, também conhecida como Sono Abençoado, é o
objetivo da maioria dos humanos de Innistrad. Mas permanecer enterrado após a
morte é um luxo para poucos, e os sobreviventes precisam suportar a indignidade
de ver seus entes queridos se tornarem monstros homicidas. Os aldeões são
mordidos por lobisomens nas ruas e em suas casas. As possessões por geists se
tornaram demasiado comuns. Em Innistrad, a esperança está se tornando o que há
de mais precioso.
Innistrad contava com a Igreja de Avacyn para mantê-lo
a salvo dos sedentos por sangue e dos mortos-vivos. Com a proteção de Avacyn, os
humanos conseguiam enfrentar as criaturas que buscavam destruí-los. A fé tinha
um poder real para o rebanho de Avacyn. Os cátaros, guerreiros sagrados da
igreja, guardavam os povoados e cemitérios com suas espadas e sua magia sagrada.
Mesmo uma família isolada nos confins das florestas de Kessig podia desfrutar de
certa segurança em sua robusta cabana. No entanto, quando Avacyn desapareceu, o
poder de suas proteções começou a falhar. Sem ela, ninguém está a salvo, nem
mesmo em Thraben, a maior cidade e sede da igreja.
Porém, a crença
avacyniana não é a única fé. Cultos, como o Skirsdag, instigam a convocação das
forças infernais. Rachaduras na terra, tais como a Ashmouth, praticamente
regurgitam demônios que espalham caos e morte onde quer que vão. Incentivados
pela longa ausência de Avacyn, tais demônios começaram a usar seres humanos para
fazerem seus caprichos pervertidos. Os seres humanos tornaram-se os brinquedos
dos monstros lendários que uma vez eram apenas contos assustadores ditos diante
de fogueiras.
A situação é terrível, mas nem todos perderam a esperança
de que Avacyn retorne. Os anjos não abandonaram os humanos apesar de seu poder
de protegê-los ter diminuído. Os guerreiros sagrados da igreja trabalham
incansavelmente para reforçar as defesas que mantêm o mal afastado. Firmes em
sua fé, os sacerdotes fazem o melhor para assegurar a seu rebanho que às vezes a
hora mais sombria vem pouco antes da aurora.
Sorin Markov, o planinauta
vampiro, voltou a seu plano natal. Mas o herdeiro do Clã de Markov não é
bem-vindo entre os seus, e nem esperaria ser. Os que conhecem o segredo de seu
passado o execram. Em Innistrad, Sorin Markov é um traidor. A família Markov é
uma das mais poderosas casas vampíricas de Innistrad, e Sorin foi criado em uma
"vida" de sumo privilégio na Mansão Markov em Stensia. Por muitos séculos, ele
viu os vampiros ficarem mais e mais ousados nos maus tratos, e às vezes
massacres sem qualquer pudor, dos humanos de Innistrad.
Os vampiros
tornavam-se cada vez mais fortes neste mundo, alimentando-se dos humanos a tal
ponto que a existência da raça humana estava ameaçada. Sorin Markov, já então um
poderoso planinauta, enxergava o suficiente para ver como isso acabaria. Os
humanos seriam caçados até a extinção, o que causaria a morte dos próprios
vampiros. Sorin sabia que precisava encontrar uma forma de impedir aquilo. Ele
sumia de Innistrad por meses, até anos, de cada vez. Os outros vampiros
presumiram que ele fosse um eremita, um príncipe excêntrico e antissocial. No
entanto, sem que seus semelhantes soubessem, ele estava viajando pelo Multiverso
em busca de uma solução para a grave situação de seu plano natal. Após anos de
pesquisa, Sorin retornou com um plano revolucionário, um plano que lhe faria um
pária para os próprios vampiros salvos por ele.
Dessa forma, Sorin
estabeleceu uma religião de poder verdadeiro para ajudar os humanos a se
defenderem das forças das trevas. Ele criou um contrato vivo, uma aliança, um
anjo chamado Avacyn, capaz de manter o equilíbrio entre a humanidade e seus
predadores. Na verdade, a fé de Sorin era uma série de encantamentos e mágicas
criados para proteger os humanos do plano. E seu trabalho teve sucesso. Ele deu
aos humanos a vantagem necessária para darem a volta por cima e repovoarem o
mundo. E por séculos a religião se desenvolveu e deu frutos, tornando-se mais
profunda e complexa do que Sorin imaginara originalmente.
Ele sabia que
não poderia permanecer em Innistrad para manter os encantamentos que a
abrangiam. Assim, instituiu uma forma de "renovação" da magia em sua ausência.
Sorin formulou um sistema de proteções e mágicas que, quando conjuradas
repetidamente, fortaleciam a magia protetora geral da fé. Para encorajar os
humanos a evocar as proteções e manter a força dos encantamentos, ele fez de
Avacyn o foco da adoração e incorporou crenças a respeito da lua e da vida após
a morte, já prevalentes no mundo.
Mas seu guardião angelical desapareceu,
e as ameaças sombrias de Innistrad ameaçam o povo mais uma vez. E Sorin voltou,
determinado a encontrar Avacyn e impedir a extinção da raça humana, poiso povo
de Innistrad contava com a Igreja de Avacyn para mantê-lo a salvo dos sedentos
por sangue e dos mortos-vivos. Com a proteção de Avacyn, os humanos conseguiam
enfrentar as criaturas que buscavam destruí-los. A fé tinha um poder real para o
rebanho de Avacyn. Os cátaros, guerreiros sagrados da igreja, guardavam os
povoados e cemitérios com suas espadas e sua magia sagrada. Mesmo uma família
isolada nos confins das florestas de Kessig podia desfrutar de certa segurança
em sua robusta cabana. No entanto, quando Avacyn desapareceu, o poder de suas
proteções começou a falhar. Sem ela, ninguém está a salvo, nem mesmo em Thraben,
a maior cidade e sede da Igreja.
Muito antes do próprio Sorin Markov
nascer e mais tarde criar Avacyn, Innistrad já era habitada por criaturas
malignas chamadas Demônios. O próprio ritual de imortalidade vampírica criado
por Edgar Markov somente foi bem sucedido graça a um dos mais antigos demônios
existentes neste plano: Shilgengar. Ele manipulou o velho alquimista e o fez dar
início à maldição dos bebedores de sangue. Porém, quando o ritual foi realizado
com seu neto Sorin, este despertou sua centelha de planinauta. Talvez este
acontecimento não tivesse sido calculado por Shilgengar, ou talvez tenha sido. O
fato é que será difícil descobrir a resposta, uma vez que o velho demônio
desapareceu e nunca mais foi visto desde esta época.
Avacyn foi quem
descobriu que o combate contra as forças infernais tinha um grande fator de
deseqüilíbrio: cada vez que um demônio era morto em combate, ele reaparecia
pouco tempo depois em algum ponto distante do mundo. Sendo assim, embora os
vampiros alegassem ser imortais, a verdade é que os verdadeiros detentores de
tal título deveriam ser os demônios. Mas o arcanjo não descansou enquanto não
encontrou uma forma de derrotar definitivamente seus adversários. Dessa forma,
surgiram o Colar de Prata e o Helvault.
O que não pode ser destruído deve
ser exilado. Essa foi a solução de Avacyn para impedir a eterna ressurreição dos
demônios derrotados. Ela forjou um colar que serviria como algemas e um
receptáculo gigantesco que serviria como prisão, ambos moldados em prata pura.
Um por um dos demônios capturados pelos exércitos angelicais de Avacyn era
algemado com o colar e despachado para dentro do casulo sagrado batizado como
Helvaul. O Colar de Prata tornou-se o símbolo da Igreja de Avacyn, empunhado
constantemente pelos sacerdotes e cátaros. O Helvault está localizado no pátio
da sede da Igreja, próximo à borda de um penhasco com vista para o mar, na
Cidade Alta de Thraben. Depois de Avacyn, o Helvault é o maior símbolo de
adoração que existe em Innistrad.
Liliana Vess, a ambiciosa maga da
morte, veio para Innistrad em busca de um demônio. Ela acredita que se matá-lo,
estará a um passo de se liberar do pacto infernal que fez e de retomar a posse
de sua preciosa alma. Tal criatura se chama Griselbrand, um poderoso
arqui-demônio e figura central do culto secreto conhecido como o Skirsdag. No
entanto, nem mesmos seus cultistas sabem qual o seu paradeiro atual, pois ele
desapareceu na mesma época que Avacyn.
O que ninguém sabe é que
Griselbrand havia colocado em prática um plano sem precedentes e extremamente
ousado para derrotar Avacyn: ele se dirigiu para o local mais santo da sede da
Igreja em Thraben, sob a lua cheia, e desafiou o arcanjo para um combate ali
mesmo, no jardim em frente ao Helvault. A luta perdurou um longo período e
apenas um punhados de clérigos, juntamento com o lunarca Mikaeus,
testemunharam-na. Por fim, em um ato de esforço desesperado, AVacyn usou toda
sua força restante para conduzir Griselbrand para o interior do Helvaut. Mas o
poderoso demônio alcançou o arcanjo com sua lança antes de ser tragado,
transpassando seu coração e arrastando-o consigo para dentro da prisão de
prata.
Como os dias e as semanas se passaram, os praticantes da fé
sentiram os efeitos do desaparecimento de Avacyn. Curandeiras falhavam e orações
para Avacyn ficaram sem resposta. As falanges angelicais começaram a diminuir e
não tardou para que surgissem rumores de que o arcanjo havia abandonado aquele
mundo, o que desencadeou a uma crise de fé em todas as quatro províncias. As
criaturas das trevas sentiram a ausência do poder sagrado e tornaram-se mais
ousadas e mais famintas. Mas Sorin voltou, determinado a encontrar Avacyn e
impedir a extinção da raça humana. Embora os humanos estejam amedrontados e
desesperados, o seu real protetor não os abandonou e pretende restaurar o
eqüilíbrio da vida em Innistrad.
O problema é que o Helvault foi criado
para ter o propósito de confinamento, ou seja, Avacyn o modelou para que a
passagem foi apenas em um sentido: o de entrada. Por isso, nenhum dos demônios e
nem o próprio arcanjo são capazes de romper o recepiente místico para escaparem
através de suas próprias forças. Os clérigos que testemunharam seu destino
ficaram aterrorizados e, devido ao ocorrido, não sabiam o que fazer. Eles não
podiam contar a verdade para o povo, pois isso poderia destruir sua fé e até
mesmo a própria Igreja. Assim, para evitar pânico em massa, o sacerdote Mikaeus
fez os padres que haviam contemplado tal tragédia jurar segredo
absoluto.
As mensagens dos membros da Igreja de Avacyn foram destinadas a
conter rumores e despistar a falta de aparições de seu protetor, ainda que isso
apenas tenha estimulado mais ainda a especulação e a desconfiança da população.
No interior das muralhas da Cidade Alta de Thraben, a influência de fantasmas,
vampiros e lobisomens ainda não foi sentida, com exceção de alguns incidentes
dispersos. Nas províncias, no entanto, qualquer mensagem diferente de "auxílio
está a caminho" era totalmente desnecessária para os aldeões.
Em Stensia,
as famílias de vampiros estão experimentando um renascimento social: uma
verdadeira demonstração de poder semelhante às primeiras eras de sua existência
em Innistrad. Vampiros sempre tiveram apreciação por uma espécie de status
macabro de celebridade neste plano e agora, cada vez mais, as famílias
vampíricas assumiram direito de residência entre os seres humanos, sendo
conhecidos por promoverem festivais de orgias, caça e sangue. Embora as
mensagens de esperança e confiança cheguem aos párocos de Stensia, a autoridade
da Igreja avacyniana está falhando. A proporção da população em Stensia já mudou
radicalmente, em favor dos vampiros, e o receio de Sorin com relação a um mundo
ausente de humanos parece cada vez mais real.
O papel da Igreja em
Nephalia era manter os seres humanos a salvo das ações de necromantes. Agora que
a magia santa está perdendo sua força, ataques de mortos-vivos em postos
comerciantes e cidades portuárias ficaram ainda pior. O mercado negro de
cadáveres funciona ativamente nos subterrânos das cidadelas, permitindo que os
praticantes de magias obscuras tenham cobaias de sobra. Geists e espíritos
inquietos de naufrágos que morreram no mar chegam pelas praias durante a calada
da noite e outros surgem dos cemitérios devido ao enfraquecimento do selo
místico proporcionado pela benção de Avacyn para o Sono Bendito. Nephalianos
regularmente encontram os rostos ou outras partes do corpo de seus entes
queridos nas extremidades de suas armas de prata.
Toda a agricultura foi
abandonada em Kessig. Rebanhos de ovelhas e pastores têm sido dizimadas por
lobisomens, bem como geists emergem das planícies para atormentar os fazendeiros
ao longo das estradas solitárias. As canções populares e provérbios rústico de
trabalhadores de campo, anteriormente impregnados com o poder da fé em Avacyn,
agora são apenas palavras ao vento e de nada mais servem. Todos os habitantes
dessa província sempre foram desconfiados por natureza, mas agora nenhum
viajante necessitado vai encontrar qualquer tipo de ajuda por parte
deles.
A província de Gavony, casa de Thraben e local da Helvault, pode
ser o mais estranho onde as mudanças têm surgido. A fé era tão importante para
tantas vidas em Gavony que a perda de Avacyn abalou esta terra muito mais do que
as outras. Como os humanos estão enterrados aqui, os mortos-vivos corpóreos e
incorpóreos sempre foram um problema, mas todos os incidentes sempre foram
esquecidos pois eram rapidamente solucionados pelo arcanjo. Agora, com o abalo
da sensação de segurança, a população de ghouls famintos cresce rapidamente e
geists assombrando os becos escuros das aldeias Comunidades fundadas em torno
das tradições acalentado de Avacyn estão fragmentandas. Pequenas capelas
encontram-se em completo abandono. E, talvez o mais perturbador, as fileiras de
cultistas adoradores do demônio Skirsdag têm crescido assustadoramente nestes
tempos sombrios. Volpaig, um bispo menor da Igreja, tem secretamente trabalhando
para o Skirsdag e descobriu rumores de que seu mestre Griselbrand foi
trancafiado no Helvault. Aos poucos, Volpaig tem revelado seu envolvimento com o
Skirsdag e difundido seu culto entre os cidadãos desesperados de Gavony. Alguns
seres humanos realmente sacrificaram-se voluntariamente nas mãos dos Skirsdag,
apenas por acreditarem que estavam fazendo a diferença e que eles podem afetar a
onda de trevas que ameaça envolver Innistrad.
Mesmo depois que Avacyn
desapareceu e as criaturas diabólicas da noite avançaram, as pessoas das quatro
províncias sobrevivem. O poder de proteção diminuiu, mas a Igreja recruta novos
guerreiros sagrados para empunharaem armas e lutar. As orações aos anjos não
foram respondidas, mas vilarejos fecharam suas fronteiras e as estradas
encobertas pelo manto de névoa que leva ao deserto. Os ghouls e geists ganharam
uma vantagem sobre os seres humanos, fazendo com que as criaturas da escuridão
parecessem mais malignas do que nunca. Mas juntos, o povo de Innistrad apresenta
uma frente unida, capaz de manter a humanidade segura quase como se Avacyn nunca
a tivesse abandonado. Porém, infelizmente, segurança é apenas uma ficção
confortável.
Os horrores da Innistrad aprenderam a fraqueza de suas
presas. As matilhas de lobisomens testam as defesas das aldeias e cada vez mais
descobrem o quão fracas elas estão se tornando. Agora, eles aterrorizam
vilarejos por todo o campo sem medo de caçadores ou armas de prata abençoada.
Vampiros conseguem escolher suas presas humanas como bem entenderem,
possibilitando adquirirem ascendência entre as grandes famílias de cada
província. Geists aparecem nos quartos das crianças e dos santos. Os zumbis
furam as defesas mesmo de cidades fortemente protegidas pela Igreja. Monstruosas
construções de carne avançam desimpedida em santuários protegidos, matando
inocentes que confiaram nas promessas de Avacyn.
Os seres humanos
enfrentam uma terrível distorção de conhecimento na luta contra os demônios. Até
mesmo os laços da morte não mais obedecem às leis naturais. Lobisomens,
aparentemente mortos, começaram se levantar novamente e cambalear, com muito
mais fome do que antes. Geists retornam depois de ser exorcizados por magias de
banimento dos clérigos mais poderosos. Vampiros estão rindo de estacas e fogo.
Cada vez mais a queda da Igreja Avacynian corre pelos ouvidos impacientes, pois
a sabedoria antiga já não se aplica mais na lutra contra as hordas das
trevas.
A angústia cresce mais a cada dia, pois crescem os sinais de que
o povo de Innistrad pode estar perdendo a esperança. Estátuas do arcanjo amado
são encontradas derrubadas, e não pelos ataques aleatórios de lobisomens
furiosos, mas sim por seres humanos desesperados. Cultos demoníacos ganharam a
adesão das pessoas procuram algum poder, qualquer poder, no qual possam confiar.
Enormes navios zingram os mares enfrentando as brumas em busca de algum porto
seguro longíquo. Algumas aldeias têm feito oferendas de seus próprios membros
mais fracos, acreditando que estes sacrifícios acalmarã as feras com fome
durante a noite. Não há mais refúgio seguro, mesmo no coração dos cidadãos. E os
monstros sabem disso.
Se nada de bom veio nesta época sombria, pelo menos
foi devido a ela que a humanidade reconheceu a necessidade da coletividade.
Clérigos não-ortodoxos, caçadores impiedosos e heróis locais que dispensam bons
modos mobilizam as defesas das aldeias. Avacyn deixou de apoiar as proezas da
fé, mas a sua magia tornou-se reforçada com o desespero, como a ameaça de morte
iminente. Os praticantes de magia aprenderam a usar o desespero de suas perdas
crescentes em seus feitiços, dando-lhes a força para deter as fileiras dos
mortos, em vez de se juntar a eles. Os seres humanos têm até aprendido com seus
inimigos, descobrindo novas maneiras de explorar o poder tentador das
trevas.
Contudo, mesmo em meio à uma situação tão terrível, nem todos
perderam a esperança de que Avacyn retorne. Os anjos não abandonaram os humanos
apesar de seu poder de protegê-los ter diminuído. Os guerreiros sagrados da
igreja trabalham incansavelmente para reforçar as defesas que mantêm o mal
afastado. Firmes em sua fé, os sacerdotes fazem o melhor para assegurar a seu
rebanho que às vezes a hora mais sombria vem pouco antes da aurora.
Para
complicar as coisas, dois visitantes chegam a Innistrad com objetivos que vão
mexer com os antigos segredos do plano. A ambiciosa planinauta Liliana Vess veio
em busca de um demônio que ela acredita estar munida com poder suficiente para
destruí-lo e ficar um passo mais próxima de liberar-se do pacto infernal que fez
e de retomar a posse de sua preciosa alma. E o outro viajante que cruzou as
Eternidades Cegas e desembarcou em Innistrad é o caçador Garruk Falabravo, que
veio em busca de uma presa pessoal: a prõpria Liliana. Em seu último encontro,
Liliana usou o poder do Véu Metálico para amaldiçoar Garruk, corrompendo seu
poder de invocar feras selvagens. Ela ainda carrega o artefato sinistro e Garruk
ainda carrega seu rancor.
Desde que Liliana adquiriu o Véu Metálico e,
especialmente desde que ela destruiu um dos seus credores demoníacos, ela é como
uma nova pessoa. Ou melhor, ela é uma versão de si mesma que está tomando um
caminho ainda mais obscuro do que antes. Claramente, ela está assumindo maiores
riscos; afinal qualquer um que procura por demônios acaba se vendo horrores além
da imaginação. A feiticeira pode estar se colocando em grande perigo, usando o
poder desconhecido do Véu para realizar seus objetivos, mas de uma maneira
assustadora ela parece até estar se divertindo em fazê-lo. Tudo o que lhe falta
agora para concluir sua missão macabra é descobrir o paradeiro atual de seu
credor: o demônio Griselbrand, que está preso no Helvault devido à luta com
Avacyn.
Thalia foi uma das mais promissoras aprendizes dentre os cátaros
de Gavony. Como uma jovem inquisidora, soldada e caçadora de vampiros, ela
provou seu valor logo após graduar-se na academia nas terras de Elgaud. Ela era
uma espadachim excelente, superando os vampiros antigos de várias linhagens e
ganhando uma reputação de sabedoria no campo de batalha. Mas era a sua alma
obstinadamente carinhosa que a destacou e garantiu seu lugar entre fileiras de
elite do Thraben.
Quando ela estava apenas no segundo ano como cátaro,
ela atraiu a atenção de um homem chamado Lothar, o Guardião da cidade de
Thraben, um soldado reverenciado que comandou uma força de protetores de elite a
serviço do Lunarch. Lothar testemunhou Thalia investir contra uma horda de
lobisomens de Krallen para resgatar um único homem de idade, e ficou
impressionado com sua coragem altruísta. A jovem cátara cortou, lutou e arriscou
tudo por uma única alma inocente e naquele mesmo dia fez parte dos históricos
guardiões de elite de Lothar. Logo, ela cresceu para se tornar o segundo em
comando de Lothar, confiada a ajudá-lo a defender a Cidade Alta de
Thraben.
Como braço direito de Lothar e sendo considerada sua subalterna
de plena confiança, Thalia soube do Helvault, o obelisco de prata no pátio da
Catedral. Ela aprendeu sobre o Hevault, uma relíquia protegida e sagrada da
Igreja de Avacyn. Mas não lhe foi dito todo o segredo: que o arcanjo
desaparecido estava aprisionado em seu interior.
O papel e o propósito do
Helvault eram conhecidos apenas pelo Lunarca Mikaeus e alguns de seus bispos
mais confiáveis. Para tornar o mundo seguro dos demônios, Avacyn, o arcanjo
protetor, tinha usado o obelisco para confinar os demônios mais poderosos que
não podiam ser mortos. Mas, o Helvault se tornou eventualmente a ruína do anjo.
O mais antigo dos demônios, Griselbrand, desafiou Avacyn para um duelo. Ele
próprio pousou com ousadia e hereticamente no Helvault, bem no centro do pátio
da Catedral de Thraben. Anjo e demônio lutaram observados pelo Lunarca e os mais
altos oficiais, uma batalha titânica por vários dias. Eventualmente, Avacyn
reuniu o restante de sua força e invocou a magia de selamento para enviar
Griselbrand à prisão de prata e assim aprisioná-lo para sempre. Porém,
Griselbrand enganou Avacyn, apunhalando-a no coração com sua lança e causando a
reversão do feitiço. Tanto o perverso lorde demônio e como o ferido arcanjo,
foram trancafiados no Helvault, mergulhando Innistrad em um tempo de
trevas.
Com o desaparecimento de Avacyn, o poder da magia sagrada foi
diminuindo. Como Thalia testemunhou em primeira mão, na ausência de Avacyn, os
males do mundo subiram para atacar a humanidade.
Mikaeus lutou contra o
que fazer sobre o aprisionamento de Avacyn. Ele trabalhou com magias que
pudessem romper a superfície de prata do Helvault, que potencialmente liberasse
Avacyn. O Helvault continha o salvador do mundo, mas também continha Griselbrand
e várias hordas de horrores inimagináveis que Avacyn ao longo dos anos,
aprisionou. Se quebrasse o Helvault, Avacyn estaria livre, mas todos esses
demônios também seriam lançados de volta ao mundo.
Pior que isso, o
coração de Avacyn estava perfurado quando ela caiu dentro da prisão de prata.
Dentro do interior atemporal do Helvault, a magia do artefato a deixava numa
espécie de êxtase, que iria mantê-la viva quando de outra forma ela iria morrer
por causa da ferida. Caso Mikaeus encontre uma maneira de romper o Helvault, ele
pode se tornar um traidor de Griselbrand e deixar Avacyn ser destruída para
sempre.
Foi tomada a decisão, diante da natureza dos acontecimentos que
envolviam o gigantesco fragmento de prata, que tudo seria mantido em silêncio.
Mikaeus nem sequer informou o capitão da guarda, Lothar, que o Anjo da Esperança
estava preso dentro do santo obelisco, ele apenas disse a Lothar para protegê-lo
com sua vida.
Lothar ensinou a Thalia sobre este dever, por sua vez. Ela
nunca entendeu o que estava dentro, apenas sabia que o Helvault deveria ser
protegido das garras do mal a todo o custo. Thalia prestou o mesmo juramento que
jurou Lothar: que sob a pena de morte, ela nunca permitiria que o Helvault fosse
molestado.
Porém, depois vieram as hordas dos mortos.
Geralf e
Gisa, uma dupla de irmãos mestres zumbis, desencadeou a maior conquista da sua
vida: uma vasta horda necromântica de ghouls e necro-alquímicos skaabs. Eles
cercaram a cidade de Thraben com seu exército macabro, cada um com a esperança
de superar o outro em sua rivalidade entre irmãos loucos, enviando ondas de
criaturas profanas à cidade santa. Dezenas de civis e cátaros caíram em defesa
de Thraben. Em última instância, Thalia traçou um plano, recolhendo a palha de
todos os telhados ao redor de Thraben, para criar uma armadilha para as hordas
de mortos-vivos. Ela enganou os ghouls e skaabs, queimando-os até as cinzas em
um grande círculo de fogo antes que eles pudessem penetrar o santuário da
Catedral de Thraben.
Mas ela não foi capaz de salvar a vida de seu
superior amado. Estranhamente atormentado, por vozes do mal durante a batalha,
Lothar pulou de um dos altos muros de Thraben direto para morte. O Lunarca
Mikaeus promoveu Thalia, dando a ela o título de Guardiã de Thraben. Mas, o
Lunarca logo foi assassinado também no decorrer do assalto de Geralf e Gisa. A
morte do Lunarca seria uma triste notícia para as quatro províncias e mais um
outro duro golpe sobre a eficiência da Igreja. Então Mikaeus foi enterrado em
segredo, levado às catacumbas clandestinas sob a catedral. E junto com ele foi
enterrado o segredo da prisão de Avacyn dentro do Helvault.
Thalia
encarregou-se dos cátaros de elite de Thraben após se promovida ao lugar de seu
antecessor. Ela tornou-se também o único ser humano que tinha o dever de manter
o Helvault seguro e, sem seu conhecimento, de manter Avacyn selada dentro do
mesmo. Poderia até ter sido capaz de quebrar o própria Helvault, se ela tivesse
o conhecimento e inclinação para fazê-lo, pois foi a única com coragem
suficiente para enfrentar as criaturas demoníacas e seu poder desencadeado.
Porém, ela tinha feito uma promessa ao seu velho amigo Lothar e ao Lunarca.
Tanto a prisão de prata quanto sua palavra permaneceram intactas. Por um certo
tempo.
Há muito tempo atrás, Liliana prometeu sua alma para quatro
poderosos demônios em troca de juventude eterna e um comando extraordinário
sobre magia necromântica. Mas, embora ela desfrute dos benefícios de seu acordo
das trevas, Liliana não é de pagar suas dívidas de forma justa. Acreditando que
se assassinar os demônios conseguirá libertar sua alma da dívida, ela começou
uma missão de caça através do Multiverso. Ela já matou Kothophed, o primeiro dos
quatro demônios que reclamaram a sua alma. Mas isso não lhe trouxe paz. Porém,
as marcas que brilham em seu corpo quando ela usa a magia, os termos rúnicos de
seu contrato que se inscrevem diretamente em sua pele ainda permanecem. E o
poder sombrio do artefato, o Véu Metálico, continua atraindo seu desejo cada vez
mais que ela o carrega.
Ela sabe que o demônio Griselbrand reside em
algum lugar no plano da Innistrad. E sua busca se aproxima do fim. Pela
intimidação, persuasão e ameaça direta de morte, Liliana reuniu as pistas de que
precisava para traçar seu caminho até seu destino. Na província de Stensia, ela
aniquilou demônios enquanto procurava as informações ao redor do Ashmouth, até
cruzar com um demônio menor, que só a provocava e ria de suas tentativas de
intimidação. Mas ela conseguiu o que queria, lubridiando o demônio enquanto ele
se gabava da adoração que os humanos tinham por ele. Liliana tinha uma nova
pista para prosseguir. Tomou o rumo para a província de Nephalia, onde ela
desenterrou fofocas sobre adoradores de demônios nas cidades de Havengul e
Selhoff. Suas investigações conseguiram para ela um nome e um lugar: o culto
Skirsdag e a cidade de Thraben.
Porém, Liliana tem outro fator para
lidar: o planinauta Garruk Wildspeaker, a quem ela amaldiçoa com o poder do
temido Véu Metálico em seu último encontro. Ao mesmo tempo em que ela está na
trilha de Griselbrand, Garruk está na dela, e sua aflição junto com a mana
preta, só fez o enorme caçador se tornar mais implacável.
Até agora,
Griselbrand demonstrou ser frustrantemente tímido. Liliana teve de traçar seu
caminho para Thraben e descobrir mais sobre o culto Skirsdag, na esperança de
que alguém saiba o paradeiro do demônio. Entretanto, ela está começando a sentir
dúvidas sobre a sensatez de usar o Véu para continuar a sua necromancia. A
insistência do Véu foi crescendo de forma alarmante. Mas ela não tem certeza se
será capaz de derrotar Garruk sem poder do artefato e nenhuma de suas táticas
para despistá-lo tem dado certo, pois o amaldiçoado persegue-a
incansavelmente.
Essas duas únicas mulheres de espírito logo se
encontrarão uma com a outra. Thalia, a mulher que jurou proteger Thraben, que
nunca permitiria que mal algum chegasse a relíquia sagrada, o Helvault, no
coração de sua cidade, vai enfrentar Liliana, a feiticeira determinada a
destruir Griselbrand, que nunca permitirá que um soldado vinculado a Innistrad
ficasse no caminho das suas ambições. E com este confronto, o destino de Avacyn
será descoberto.
Liliana rumou até Thraben. Seus pés doíam e suas runas
coçavam. Ela vasculhou Innistrad em busca de Griselbrand, encadeando pistas
frustrantes após pistas, lidando com todo o tipo de criaturas, de demônios até
os seres humanos irritantes ligados ao plano de Innistrad. Agora, ela se
encontra entre os sacerdotes, símbolos sagrados e (o pior de tudo) estátuas de
anjos: é a cidade santa de Thraben. Mas um fato a faz sorrir, pois ela consegue
encontrar Volpaig, o chefe do culto de adoração ao demônio, conhecido como
Skirsdag.
Não houve surpresa para Liliana ao descobrir que o líder do
Skirsdag também é um bispo. Em todos os mundos, as pessoas buscam o poder em
quaisquer formas que elas consigam encontrar - um princípio que ela entende
muito bem. Liliana confronta Volpaig, assim como ela esperava e exige saber o
paradeiro de Griselbrand, mas o bispo recusa. Ela o ameaça com dolorosas e
imediatas lesões corporais, mas Volpaig promete proteger seu mestre a qualquer
custo, mesmo sob a ameaça de morte. Liliana prepara um feitiço para destruir
esse patético peão, mas em seu último suspiro, ele deixa escapar alguma coisa.
Quando Volpaig morre, ele sombriamente observa que a única pessoa que sabe onde
está o demônio, está morto: Mikaeus, o Lunarca, que morreu em um recente cerco a
Thraben por hordas de mortos-vivos furiosos.
Finalmente, as coisas estão
começando a dar certo para Liliana. Um pouco a mais de intimidação a leva ao
lugar de descanso de Mikaeus, as catacumbas sob a Catedral de Thraben. Ela sopra
vida antinatural para o corpo em decomposição de Mikaeus, revivendo o antigo
Lunarca para que assim possa saber o segredo final de seus lábios podres.
Compelido a servir, o corpo profanado de Mikaeus diz à necromante o que ela
tanto anseia saber: que Griselbrand está preso no Helvault.
Liliana
utilizou muita energia para levantar um pequeno exército de ghouls. Antes que
Thraben conseguisse reunir forças suficientes para detê-la, ela caminha em
direção ao pátio da catedral onde o Helvault se localiza, destruindo cátaros e
clérigos no percurso. Ela se aproveita mais uma vez do poder tentador do Véu,
sabendo que sua magia negra terá de ser ampliada para superar as forças da
guarda da catedral. Mas o verdadeiro problema está por vir, mostrando sua
silhueta contra a lua. Como pode um necromante reunir a magia necessária para
quebrar um altaneiro e sólido monólito sagrado feito de prata da lua? Ela tem
uma idéia que pode funcionar, mas ela terá que deixar a Igreja de Avacyn
desempenhar o seu papel.
Thalia, a Guardiã de Thraben, sai correndo com
seu plantel de cátaros de elite para enfrentar a ameaça dos mortos-vivos. Uma
onda de espadas e lanças se choca contra as forças profanas dos mortos-vivos de
Liliana no pátio da catedral. Thalia e seus cátaros cercam o Helvault,
protegendo-o com suas vidas. Isso é exatamente o que quer Liliana. Com uma onda
de magia negra, ela paralisa os cátaros, mantendo-os em um feitiço de
paralização. Os ghouls continuam o ataque contra eles, horrivelmente roendo a
carne de seus ossos, enquanto eles são incapazes de resistir. Em seguida,
Liliana dá seu ultimato: um feitiço que obriga jovem Guardiã a fazer uma
terrível escolha.
A necromante fala em alto e sombrio tom para que Thalia
decida o que acontecerá em seguida. "Ou esta pedra brilhante será aniquilada",
diz ela, "ou os seus compatriotas morrerão aqui e agora. A escolha é sua."
Thalia pode sentir o poder da magia coercitiva que está sobre ela. Ela prometeu
que nenhum mal se abateria sobre o Helvault durante sua vigia. Era a sua
promessa, como Guardião de Thraben, cumprindo o legado de seu antecessor. Está
ciente que é a sua única missão, o trabalho que só ela é responsável. Mas ela
sabe que esta bruxa não vai parar apenas com seus cátaros e pode continuar
avançando, talvez até contra as pessoas inocentes. Thalia hesita, murmurando
baixinho maldições contra a necromante, pesando o seu voto contra as vidas dos
soldados sob seu comando e todos os outros povos de Innistrad que possam
dificultar o caminho de Liliana. Por seu lado, os cátaros lutam para permanecer
em silêncio, abafando a dor com os ghouls de Liliana a devorá-los. Mas,
finalmente, apenas o grito abafado de um de seus cátaros, leva Thalia a fazer
sua escolha.
As paredes de Thraben foram cercadas por mortos-vivos.
Famílias de vampiros vagam abertamente nas aldeias e escutam-se uivos de
lobisomens que assolam as terras distantes. O Helvault pode ser uma relíquia
sagrada, mas a promessa de Thalia não vale nada se ela for obrigada a apoiar a
dor e a morte. Cabisbaixa, Thalia aponta para o obelisco de prata. Liliana acena
com a cabeça, seu feitiço estava completo.
Por um momento, todos os sons
cessaram.
Fendas surgem no Helvault, revelando de seu interior os raios
de uma luz que perfuram a noite. Em seguida, uma grande explosão arremessa longe
as duas mulheres, destrói os ghouls e os cátaros caem no chão. Uma espiral de
luz dourada irrompe o obelisco, iluminando o céu com seu brilho ofuscante. O
monólito feito de prata da lua foi rompido e uma série de entidades demoníacas
está agora livre de sua prisão, correndo para as sombras. Entretanto, todos os
olhos estão voltados para o ser luminoso que apareceu diante dos seres
humanos.
É Avacyn, o anjo da esperança: pura, inteira e eterna.
Em
poucas tempo, o retorno Avacyn provoca um aumento na magia sagrada em todo o
plano. A presença de Avacyn revitaliza as bênçãos sagradas de párocos e nas
enfermarias entalhadas em santuários de beira de estrada. O retorno do vôo dos
anjos, o final da desesperançca e a expulsão das feras monstruosas que afligiam
as províncias. Arquimagos cuja magia divina havia sido atenuada recuperam o seu
poder e agora são capazes de conjurar feitiços poderosos em nome de Avacyn
novamente.
Criaturas nunca avistas antes em Innistrad começam a surgir,
algumas que haviam se escondido durante os tempos sombrios e algumas totalmente
novas, forjadas para o serviço divino pela própria Avacyn. O mal não foi
destruído no mundo, longe disso. As trevas podem ser construídas em Innistrad
pela própria natureza. Mas aqueles que dependem da proteção de Avacyn têm novas
armas nessa luta. O exército de cátaros de Thalia é renovado, sua força e fé são
restauradas. E isso nem mesmo importa para Liliana, pois ela só tem olhos para o
seu encontro com o demônio que finalmente reencontrou.
Conforme
Griselbrand é libertado do Helvault, o seu primeiro pensamento, é claro, é de
alimentação. É um momento agridoce para um lorde demônio. Ele contemplou que seu
plano havia dado certo e a escuridão estava reinando sobre Innistrad, porém
enquanto embriagava-se com seu sucesso, Griselbrand também observou tudo se
desfazendo. Avacyn e os demônios presos na prisão de prata foram liberados
novamente, restituindo tudo como era anter. O culto Skirsdag terá a abundância
de seres escuros para adorar mais uma vez. E Griselbrand será capaz de continuar
a alimentação da tentação dos mortais, mesmo enquanto consome suas
almas.
Mas Avacyn está de volta agora, restaurada e ilesa. O truque de
Griselbrand, em última análise, não fez nada. Os anjos estão retornando e o
poder divino está sendo restaurado. A melhor coisa que ele pode fazer agora é
escapar discretamente para o Ashmouth, enquanto os mortais estão ocupados
comemorando. Ele deve aguardar o momento propício, reconstruindo o seu domínio
sobre este mundo, atraindo os mortais com promessas de poder. Então, talvez um
dia, ele estará pronto para planejar sua vingança. Este mundo, ele pensa, vai
contemplar Griselbrand em toda a sua majestade, mais uma vez, e sobre os seus
joelhos se lamentando.
No entanto, Liliana não chegou tão longe para
vê-lo escapulir de um obelisco à distância. Talvez o demônio não a tenha visto
devido à explosão de luz, no pátio da catedral, ou talvez ele não pudesse
reconhecê-la depois de tantos anos. Mas ela o reconheceu, um dos demônios que
reivindicou a posse da sua alma.
A bruxa abandona a cidade de Thraben,
pois seu trabalho por lá estava completo, e seguiu Griselbrand até Ashmouth. A
troca de olhares é breve. O lorde demônio fica surpreso ao vê-la e ele
rapidamente percebe o quão grave essa reunião será. Ele conduz com bravatas,
rapidamente silenciadas por Liliana, ao mesmo tempo em que destrói alguns de
seus asseclas. Ela não está aqui para jogos ou bate-papo.
Ele tenta
negociar com a feiticeira, oferecendo-lhe ainda mais poder. Ela vê através de
suas mentiras e recusa. Liliana permite que o Véu Metálico alimente-se de sua
tentação por poder e assim um vórtice de energia sombria se forma, revelando uma
profundidade de ódio que nem mesmo ela não sabia que possuía. Ela finalmente vê
perecer Griselbrand.
O sentimento de satisfaçãoo a enerva e, por um
momento fugaz, ela se pergunta se será capaz de controlar esse poder se
manifestou diante dos seus olhos. O chão onde estava Griselbrand está vazio
agora. O ar sulfuroso do Ashmouth continua estranho. Uma multidão de demônios
menores se afasta, dando a Liliana um amplo espaço, formando um círculo
silencioso em torno da planinauta enquanto ela se prepara para
sair.
Através das quatro províncias, os seres humanos estão alegre e
tranqüilos pelo retorno de Avacyn. Com a chegada de um novo ciclo lunar, os
moradores destrancam as portas, abençoam as lanças de pratas e os anjos estão de
prontidão mais uma vez. Os cátaros respondem as chamadas dos aflitos, golpeando
as criaturas demoníacas. Avacyn lidera o ataque, estendendo as suas asas como se
quisesse abraçar o plano inteiro.