quarta-feira, 10 de abril de 2013

As aventuras de Ruric Thar. (Um conto de Dragon's Maze)

"Por que os guardas sempre parecem surpresos quando esmagamos eles?" perguntou Ruric.
"Eu acho que eles esperam receber propina," disse Thar.

The letter R!

uric desviou uma salva de flechas flamejantes com seu enorme punho. "Você disse que isso seria fácil."


"Não, você falou. Você sempre diz que vai ser fácil." Thar grunhiu com o esforço enquanto ele levantava uma carruagem.
"Bom, esses caras não devem ter ouvido, porque eles estão lutando pra valer."
"É mesmo? Eu não notei. Você tem um plano?"
"Por que eu? Você sempre foi o preferido da Mãe, te contando histórias e cantando e tal. Os Antigos não tinham uma resposta pra tudo?"
"Deixe a Mamãe fora disso. De qualquer maneira, o Papai não te ensinou nenhum truque de batalha? Ou o Clã Scab dele, não é tão durão assim?"

Ruric Thar, the Unbowed | Art by Tyler Jacobson
Uma grande quantidade de dardos rebateu no peito enorme do ogre, um deles passando muito perto da maior cabeça.
"Opa! Essa foi perto. Vamos esmagar tudo até sairmos daqui," urrou Ruric.
"Ah, claro, essa é sua resposta para tudo. Nós precisamos de uma estratégia."
"Oooh, que palavra enorme. Foi a mãe que te ensinou?"
Uma onda de infantaria blindada bateu contra a forma enorme de Ruric Thar com um estrondo. Por alguns momentos, o ar se encheu de pancadas, gritos e respiração pesada. E após um momento estranhamente silencioso.
"Tem muitos desses caras de Boros para a gente passar por aqui."
"Nós podemos dar um jeito neles. Ou vai ficar com medinho?"
"Alguém disse medinho?"
"Você disse isso?"
"Porque eu diria isso?"
"Eu disse. Estou aqui."
Ruric e Thar olharam para um lado cada. E depois um das cabeças se virou para procurar atrás enquanto a outra olhou para baixo.
"Ei! Tem um pequeninho atrás de nós. O que você está fazendo ai, baixinho?" perguntou Thar.
"Se escondendo da gente, é? Nós vamos te transformar em geléia!" berrou Ruric.
"Vocês têm geléia também? Talvez a gente possa fazer um acordo," gritou o goblin esfarrapado. Alguns pedaços de metal amassado e queimado estavam presos a seu corpo maltratado.
"Ha!" Ruric gargalhou, jogando longe outra onda de infantaria com sua enorme mão-machado. "Um ratinho como você? O que você consegue fazer que a gente não possa fazer melhor?"
"Eu posso ser pequeno, mas eu tenho grandes idéias. Grandes." O goblin inflou seu peito magrelo e cuspiu uma bola de sangue. "De qualquer maneira não parece que vocês estejam vencendo."
Thar sorriu. "E você está? Que tipos de planos de batalha ratos de esgoto conseguem criar? Superar o inimigo com seu fedor?"
"Engraçado," disse o goblin. "De qualquer modo, Eu sei das coisas. Mais do que vocês, eu aposto."
"É mesmo?" bufou Ruric. "Então porque você está aqui ao invés de ganhar tudo?"
"Cale a boca," disse Thar, socando um par de cães de guerra. Ganidos ecoaram pelo salão. "Talvez esse carinha possa ajudar."
"Sim, isso mesmo! Vocês tinham que ter mais respeito. Além do mais fomos nós, os Izzet descobrimos o Labirinto." O goblin cruzou os braços, parecendo tão formidável, quanto um goblin verde, magro, de 1,20m conseguiria parecer.
"Então você é o corredor do labirinto deles?"
O goblin se encolheu. "Eles escolheram outra pessoa." Então levantou o olhar desafiadoramente. "Mas eu conseguirei encontrar o caminho melhor do que qualquer um. Eu só estou um pouco...preso por aqui."
 Você precisa que a gente te ajude a sair. E o que ganhamos com isso?”Ruric perguntou, enquanto derrubava um ataque de aerojeks, marcando a parede próxima com asteriscos sangrentos. "Ai! “Um deles me pegou.”
"Squelch é meu nome. Eu estava testando isso—minha última invenção," o goblin apontou um dedo para um das maiores chapas de metal, a qual batia contra as pedras no chão balançando gentilmente. "E estava funcionado também! Eu só tive um problema na aterrissagem."
"Mas, como que isso deveria nos ajudar?" Thar curvou os lábios. A expressão era difícil de discernir em sua face disforme e cheia de cicatrizes.
"Opa, irmão! O que é aquilo que eles estão arrastando agora?" Ruric sacudiu sua enorme cabeça em direção das linhas dos Boros.
"Oh, droga. É uma balista."
"Uma bali-o que?"
"Uma maquina de guerra. dispara grandes lanças." disse Thar. "Grandes como árvores."
"Eu não tenho medo de árvores"
"Bem, essas árvores mordem. Nós temos que para aquilo, antes que ela pare a gente."
"Eu tenho justamente o que precisam grandalhões." gabou-se o goblin. "eu ajudo vocês, e vocês me ajudam. Que dizem? Temos um acordo?"
Ruric e Thar gargalharam juntos, em alto e bom som. "Oh, claro, nós seremos eternamente gratos por—" Thar começou, "—você salvar nossa pele," terminou Ruric.
"Vocês tem que me fazer um favor em troca. Qualquer coisa que eu peça. Mais uma galinha. Não, duas. Ok?"
"Claro, claro, vá nessa e use sua poderosa mágica goblin."
O pequeno Izzet cuspiu em sua palma e esfregou suas mãos esqueléticas. "Apenas observem."
Squelch correu pelo meio das grandes pernas do ogre e sob os escudos dos batalhões de soldados que se aproximavam, para combater Ruric Thar. Escalando uma parede que havia desmoronado, Squelch se jogou nas costas de uma besta de guerra blindada. Então o goblin puxou um pedaço pontudo de metal de um bolso escondido e enfiou no topo da cabeça da besta antes de pular longe.
Art by Kev Walker
Faíscas voaram. A besta tropeçou, urrando e depois se mirando contra seu companheiro de bando. Mais lamurios foram ouvidos, juntos dos sons de madeira quebrando de e metal raspando em metal. Soldados humanos fugiam enquanto os behemoths saiam de suas linhas, atropelavam tudo pelo caminho e desapareciam pelos becos.
A gigantesca maquina de guerra começou a virar com uma leveza estranha, gentilmente virando para seu lado. Varias rodas viraram vagarosamente, rangendo. Vários segundos se passaram. Então toda a estrutura explodiu em uma enorme bola de fogo.
Art by Ryan Barger
"Como isso aconteceu?" exclamou Thar, apertando os olhos.
"Quem liga?" berrou Ruric. "Vamos nessa!"
O enorme ogre foi em direção ao portão de guilda do salão, atropelando os escombros flamejantes e os corpos em armaduras jogados pelo chão.
"Onde o carinha foi?" Ruric virou sua cabeça até que suas presas batessem nas costas da cabeça de Thar.
"Aqui!" veio uma voz de trás. O goblin escalou os ombros do ogre, entre as duas cabeças, e segurou uma das presas de Ruric para se equilibrar. "Te falei que eu conseguia dar um jeito."
"Ei! Solta!" rugiu Ruric, se sacudindo violentamente.
O goblin guinchou, mas se segurou firme. "Nós tínhamos um a-a-acordou. Vocês prometeram."
"Sim, a gente prometeu," disse Thar. "e você fez sua parte. Agora nós podemos sair por esse portão. Você também, se quiser."
"Claro! Mas isso não conta como meu favor. Vocês vão fazer isso de graça. E ainda me devem uma."
"Sim, Sim," as duas cabeças falaram juntas.
"Onde nós vamos encontrar uma galinha por aqui?" Ruric resmungou.



"Com esses quantos já temos?"
"Vamos ver." Ruric estava contando em seus dedos carnudos. "Três... mais, hmm, dois?... e mais um." Ele ergueu sua mão-machado.
"Então são oito?"
"Alguma coisa parecida com isso."
"Seis," veio um voz esganiçada.
"A gente tem que acertar o correto."
"O que a gente faz então?"
"A mesma coisa que a gente sempre faz."
"Esmagar! e pegar as coisinhas boas." Ruric fez um movimento de bater.
"Isso é muito divertido, caras!" Squelch comemorou de sua nova cesta de transporte, que estava amarrada sobre as costas do ogre. "Nós vamos ganhar de todos os outros corredores."
"Até quando nós vamos ter que carregar essa coisa?" reclamou Ruric.
"Até a gente ganhar, é claro." respondeu Thar.
"Então pessoal, eu estava pensando—vocês poderiam fazer algumas melhorias nesse seu machado. Eu tive algumas idéias. Movimento de corte automático. Talvez algumas cabeças diferentes."
"Não preste atenção nele. talvez ele vá embora sozinho." Ruric Thar seguiu seu caminho.
"Ei pessoal? Nós fazemos uma grande equipe.
"Pessoal?"


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